Republicanos reforçam <br>posições nos EUA

Depois de vencer a segunda volta das eleições no estado do Luisiana, o Partido Republicano reforçou a maioria obtida no Senado dos EUA nas eleições de 8 de Novembro. Os conservadores passam a deter 52 assentos na câmara alta do Congresso norte-americano, contra 48 eleitos do Partido Democrata. A isto junta-se a maioria de que dispõem os republicanos na Câmara dos Representantes.

O novo Senado entra em funções no dia 3 de Janeiro. A 20 do próximo mês, Donald Trump deverá ser empossado como presidente dos EUA. Com maioria nos dois parlamentos, não deverá enfrentar obstáculos à nomeação de homens afivelados ao projecto político que protagoniza.

Entre os últimos nomes de que se fala está o presidente da Goldman Sachs, Gary Cohn, alegadamente o favorito da nova administração para liderar o Conselho Económico Nacional da Casa Branca, formando, assim, com Steven Mnuchin (Secretaria do Tesouro) e Steve Bannon (principal conselheiro presidencial), o tridente da Goldman Sachs no governo Trump.

Por outro lado, Trump prepara-se para entregar a Segurança Interna (controlo do terrorismo, das fronteiras e dos fluxos migratórios, entre outras competências) ao general aposentado John Kelly, o qual já foi responsável pelo campo de concentração e tortura de Guantanámo.

A dar que falar está também a hipotética nomeação do líder da petrolífera Exxon-Mobil para o cargo de Secretário de Estado. Rex Tillerson tem sido apresentado pelo eleito presidente dos EUA como um «interveniente à escala global». Na verdade, o que deverá pesar é o declarado projecto de Donald Trump de recolocar no centro das políticas públicas a protecção da indústria dos hidrocarbonetos. Nesse sentido, importa igualmente destacar a eventual designação para a Agência de Protecção Ambiental do até agora procurador-geral Scott Pruitt, o rosto de uma acção interposta por 28 estados contra as restrições que Barack Obama pretendia impor à indústria do carvão.

Por estes dias tem sido denunciado que, no departamento de Energia, a equipa de transição do futuro chefe de Estado norte-americano iniciou uma caça às bruxas visando os funcionários que participaram em fóruns internacionais ou estiveram envolvidos no estudo e implementação de medidas para combater as alterações climáticas, as quais Trump considera uma invenção da China.




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